Parece que o mistério está próximo do fim. O Volkswagen T-Cross foi flagrado praticamente sem camuflagem em testes na Alemanha — apenas a traseira ainda está coberta com adesivos. Construído sob a plataforma MQB, a mesma usada pela dupla Polo e Virtus, o modelo é apenas um dos 19 SUVs que a fabricante planeja lançar até 2020.
O T-Cross promete agitar o segmento de SUVs de entrada, que atualmente tem como principais modelos Honda HR-V, Jeep Renegade, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Ford Ecosport. É a categoria que mais cresceu em vendas nos últimos anos no Brasil. Só que o ínédito crossover ainda demora a chegar. O modelo será lançado entre abril e maio de 2019. Contudo, a revelação do T-Cross nacional, a ser produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, será ainda neste ano durante o Salão do Automóvel de São Paulo.
E o motor e o câmbio?
Opções de conjunto mecânico já foram detalhadas para o T-Cross, que contará com os mesmos motores usados pelo novo Polo e pelo sedã Virtus. O 1.0 TSI turbo flex de 128 cv equipará as versões de entrada com opção de câmbio manual de cinco marchas e automático de seis velocidades. A tração será sempre dianteira.
O 1.4 TSI do Golf também será oferecido no T-Cross topo de linha e na futura picape média derivada da arquitetura modular — Polo e Virtus também terão a mecânica mais forte nas futuras versões GTS. Com 150 cv e 25,5 kgfm, o motor virá sempre com a caixa automática. Com este conjunto, o SUV promete ter um dos melhores desempenhos da classe, que já conta com outros 1.4 turbo como o Chevrolet Tracker e Suzuki Vitara. Para os vizinhos do Mercosul, o motor 1.6 16V MSI aspirado de 118 cv também estará disponível.
O interior ainda não teve imagens reveladas. Mas sabemos que o T-Cross terá muitos elementos em comum com Polo e Virtus, e mais: terá itens que os compactos pecaram em não oferecer, como os airbags do tipo cortina — o hatch e o sedã trazem bolsas frontais e laterais dianteiras. O SUV também vai inovar a categoria com quatro entradas USB na cabine e assistente de baliza automática, que mede vagas e faz manobras sozinho. Seu ponto fraco será o porta-malas de até 390 litros, que não será tão pequeno, porém ficará distante dos 430 litros de Creta, HR-V e Kicks, seus principais adversários.
E o preço?
Se o T-Cross 1.0 TSI deve partir abaixo de R$ 90 mil, os mais caros superarão os R$ 100 mil facilmente. Mas não tanto ao ponto de incomodar a vida do Tharu/Tarek, futuro SUV médio que a VW vai fabricar na Argentina e chega ao Brasil até 2019.